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Feche os olhos comigo

Como é difícil olhar ao lado sem perspectiva alguma. 
Uma que pudesse trazer os melhores momentos de cada dia.
Esfrio como flexas agudas no peito de um morto. 

Se torna imenso meu desejo de apenas outras escassas horas ao lado de quem quero só para mim. 
À cabeça, em sequências magistrais, deseja degolar cada quem antes de mim. 
Cada toque anterior ao meu. 
Se me tornasse, isso, uma matadora. Seja feita a vossa vontade!

Mãos marcadas. Desejei a cada cicatriz sentida, ter cuidado e visto o motivo. 
Por mais que eu não permita e queira ir, meus olhos abaixam quando te veem passar.
E são capazes de se submeterem a qualquer decisão sua, 
qualquer que seja. 

Lágrimas caem sobre meu rosto.
Elas sabem que teremos um fim breve,
por mais que adiemos:
Feche os olhos comigo.

Prosa Diária

Entre todas tentativas em suprema demasia

O convívio entre partes como a sua

Extremamente intensa mas morta

Evidente como crescente

Atingiu seu ápice, de tudo obteve

Intenso, habitualmente

Erro meu.

Tendências críticas me conjugam

Simples, antes se fosse enigmático

De tudo teme, de tudo ama intensamente

Força de mim explode

Ninguém pode me entender,

nem mesmo os olhos pretos da minha alma

Novamente em águas profundas

As pedras da minha cachoeira nunca pararam de cair.

Tentei resolver e ganho no máximo anos singelos de ilusão

Cabeça explode mas quer

Assim nunca existiu. Erro meu.

Deveras difícil saber expressar

Não há por onde começar a não ser pela explosão, grito, desespero

São só meus segredos

Estão bem aqui no meu peito

Liberdade

Liberdade?

Êxtase maldito. Tudo quer, nada pode.

Já posso ver você indo embora

Como quem testou os planos do ego

Pegando suas bagagens e sem precisar dar qualquer razão pífia

Qualquer que fosse não caberia aqui

Não existe quem vá além disso

E eu não sou daqui.

Não tem de, nem sequer, tentar

Você também não entenderia

Pois sou eu quem não sou daqui.

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